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terça-feira, setembro 20, 2005 

Em Análise: Kill The Thrill

Kill The Thrill / Tellurique
CD Season Of Mist, 2005

Os Kill The Thrill, provenientes de Marselha, França, são uma proposta aparentemente desconhecida por estas latitudes. A sua carreira percorre até ao momento 16 anos, com a discografia a remeter-nos para «Dig» (1993), «Low» (1996) e «203 Barriers» (2001), sendo «Tellurique» a quarta e última proposta. Os franceses aperfeiçoaram as ideias dos anteriores álbuns, amadureceram para uma direcção, que se pode dizer hoje, sem qualquer complexo, bastante proveitosa e uma agradável surpresa no mercado discográfico. Sob a designação «Tellurique» (em português significa Telúrico, adj. relativo à Terra), a sua música pode ser definida como um registo que mistura componentes de metal, industrial, post-rock, noise e new wave. Só neste aspecto podemos, eventualmente, despontar comparações com os colectivos Neurosis, Isis, Cult Of Luna, Killing Joke, Swans e Godflesh até porque, visto de qualquer outro prisma, «Tellurique» consolida o colectivo francês como uma proposta singular que justifica a compra. Musicalmente, verificamos que temos em mãos uma experiência que “tem que ser ouvida, sentida e interiorizada” com atenção, tal é o gabarito qualitativo destes franceses em qualquer uma das composições. Das doze faixas, as que mais se destacam são “Permanent Imbalance”, “Non Existence”, “Soave” (um dos dois temas existentes na língua francesa e o meu predilecto) cantado por Marylin Tognolli, “Body” e ainda “Us And Them” que encaixa perfeitamente no entendimento Godflesh. Será uma dedicatória á banda britânica? É bem provável que assim seja. Finalmente, em jeito de conclusão, o trio liderado por Nicolas Dick (vocais, guitarra, programações) e acompanhado por Frédéric De Benedetti (guitarra) e Marylin Tognolli (baixo) está de parabéns. Após três álbuns com a tarefa árdua de afirmação, «Tellurique» é a certeza de que todo o sangue, suor e lágrimas valeram a pena. Era a lufada de ar fresco que se pedia e os Kill The Thrill conseguiram-no.

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