Image Hosted by ImageShack.us

sábado, janeiro 28, 2006 

Análise: Sephiroth

Sephiroth / Draconian Poetry [ 9 / 10 ]
CD Cold Meat Industry, 2005

Seis anos foi o tempo que Ulf Söderberg levou a criar um novo registo discográfico para os Sephiroth, isto apesar de se ter mantido activo em 2003 aquando da gravação/edição de «Vindarnas Hus», editado sob a designação do músico. Em 1999, «Cathedron» foi o disco que marcou indubitavelmente o momento mais alto na carreira deste sueco e se dúvidas existiam, através desta nova proposta, temos a confirmação de que a impressionante estreia não foi uma mera criação do acaso. Aos mais desatentos interessa lembrar que «Cathedron» assumiu uma revelação de tal impacto que ainda hoje é apontado como um dos melhores discos de todos os tempos que a Cold Meat Industry já editou. Em relação a este novo trabalho, muito na linha do seu antecessor, as sete composições de «Draconian Poetry» pouco acrescentam ao que já foi feito no decurso da carreira de Ulf Söderberg e Sephiroth onde ainda há a referir as criações «Nattljus» (1995) e «Tidvatten» (1998) igualmente editados em nome próprio. Para quem não esteja por dentro do que está a ser aqui descrito, a música dos Sephiroth assenta em elementos dark ambient, por vezes caracterizado com ritmos tribais próximos da vertente industrial, um pouco de tudo aquilo que Ulf Söderberg já demonstrou ao longo dos seus registos. O resultado final, comparativamente a «Cathedron», não deslumbra e não será, de forma alguma, descabido afirmar que «Draconian Poetry» é um disco com uns ligeiros furos abaixo. O resultado não é tão contagiante quanto seria de esperar mas podem crer que não é isso que faz deste novo registo um disco mediano. Muito pelo contrário, as faixas consagradas em «Draconian Poetry» instauram tenebrosas inspirações para qualquer apreciador de dark ambient que se preze.

segunda-feira, janeiro 23, 2006 

Em Análise: Another Messiah

Another Messiah / Dark Dreams, My Child
CD Edição de Autor, 2005

Auto-intitulados como sendo algo “energético, atmosférico e inovador, por outras palavras post-doom”, estes Another Messiah são o que se pode chamar uma agradável surpresa. Formados em Nijmegen, Holanda, no ano de 2003, este jovem colectivo pode ser perfeitamente considerado um dos promissores nomes que surgiu no espectro doom/death metal em 2005. O quarteto (constituído por Robbie – vocais, oboé; Martin – guitarras, Erik – baixo e Chris – bateria) surpreende ao misturar tendências do death metal e do doom metal com sequências góticas, conteúdo rock, contornos progressivos, por vezes manobras folk com destaque para a utilização pouco comum de um oboé, acrescentando alguma originalidade a esta banda holandesa já por si só bastante refrescante. O que mais surpreende nisto tudo é que «Dark Dreams, My Child» é um daqueles lançamentos auto-financiados tão bem planeados que nada aparenta o contrário. Seja em termos de composição ou mesmo apresentação, a determinação e profissionalismo deste colectivo são facilmente observáveis. A apresentação do artwork, muito bem cuidado, é desde logo um pormenor altamente cativante para o nosso olhar. Depois, o facto de todas as gravações e produção terem decorrido sob o comando de Joost Van Den Broek (conhecido pela sua associação aos Ayreon e After Forever) caracteriza outros dos pontos a favor da nossa atenção. Qualquer um dos temas ajuda ao brilhantismo do resultado final mas gostaria de mencionar “And Now I Will”, “My God It's Him” e “Left To Die” como as que estão na máxima plenitude. A curiosidade para um próximo disco fica desde já bastante aguçada mas por agora sugiro que adquiram este excelente trabalho a que certamente ninguém se atreverá a acusar de falta de talento.

domingo, janeiro 22, 2006 

Agenda: 28.01.2006

The Ransack (Portugal)
+
Trivial Y (Portugal)
Local: Marc-Burguer Bar, Vila Real
Horário: 23:00h

sexta-feira, janeiro 20, 2006 

Memorandum: 21.01.2006


quinta-feira, janeiro 19, 2006 

Memorandum: 20 e 21.01.2006

Dismember (Suécia)
+
Shadowsphere (Portugal)
+
Theriomorphic (Portugal)
+
The Ransack (Portugal)

Local: Ginásio Clube de Corroios, Seixal
Horário: 20:00h

Dismember (Suécia)
+
Angriff (Portugal)
+
The Ransack (Portugal)

Local: Associação Cultural "Lavradores de Cubos", Mangualde
Horário: 20:00h

quarta-feira, janeiro 18, 2006 

Memorandum: 19.01.2006

Children Of Bodom (Finlândia)
+

Ektomorf (Hungria)
+

One Man Army And The Undead Quartet (Suécia)
Local: Hard Club, Gaia
Bilhete: 20€
Horário: 20:00h

sexta-feira, janeiro 06, 2006 

Em Análise: The Psyke Project

CD CPH-Sound, 2005

Havia alguma expectativa relativamente a esta novidade dos The Psyke Project, mais uma banda que integra o role saído da Dinamarca nestes últimos anos. «Daikini» na realidade não é a estreia do colectivo do norte de Copenhaga. Após «Everything's Fine» (2001 Demo), «You're So Beautiful» (2002 Demo) e uma boa recepção ao material de «Samsara» editado em 2003, Martin Nielskov (vocais), Simon Vadstrup e Mikkel Vadstrup (guitarras), Rasmus Sejersen (bateria) e Jeppe Skouv (baixo), apresentam neste momento uma margem de manobra considerável relativamente aos trabalhos anteriores, em especial ao primeiro longa duração. Todo o esforço ao longo destes anos tem-lhes valido bons apontamentos na crítica especializada, inclusive a vontade de os classificar como uma das grandes promessas do cenário dinamarquês ou mesmo do panorama europeu. Apesar de serem referenciados por diversas vezes ao hardcore, o quinteto dinamarquês não é necessariamente o que poderíamos chamar de uma típica banda do género. Na verdade, estão mais próximos do metalcore, formato midtempo caótico e ruidoso, negro com pesados breakdowns, passagens calmas e atmosferas dissonantes aliadas a excertos mais instrumentais e de uma experimentação pouco vulgar no continente europeu. O talento e a qualidade técnica expostos são musicalmente próximos de colectivos como os The Dillinger Escape Plan, Converge e Norma Jean, por vezes alternada com reminiscências a Neurosis, Pelican e Isis como acontece um pouco em todo o disco. Com produção de Tue Madsen nos Antfarm Studios, «Daikini» possui todos os requisitos de um bom disco menos no pormenor da duração. O facto de possuir 72 minutos, parece ser algo exagerado e inevitavelmente acaba por provocar alguma monotonia e desgastar a atenção que poderíamos dar se estivéssemos perante um disco mais curto. Ainda assim, agradará a uma extensa faixa de seguidores do estilo sem qualquer incómodo. Para isso, basta que os descubram.

Etiquetas: ,

quinta-feira, janeiro 05, 2006 

Memorandum: 07.01.2006


quarta-feira, janeiro 04, 2006 

Memorandum: 06.01.2006