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terça-feira, setembro 27, 2005 

Memorandum: 08.10.2005

Local: Centro Comercial de Santo André, Mangualde

sábado, setembro 24, 2005 

Memorandum: 02.10.2005

Local: Hard Club, Gaia

Para aquisição de bilhetes, o pagamento deve ser efectuado via transferência bancária ou no balcão da Divison House. Para reservar usem um dos contactos indicados em baixo, para os quais devem ser fornecidos os seguintes dados: Nome completo, nº BI, e-mail e nº telemóvel. Só serão consideradas as reservas após a cobrança do respectivo valor do bilhete (21€).


NIB: 0079.0000.10649359101.37 (BPN)
CONTACTOS:
E-mail: divisionhouse@hotmail.com
Telefone: 256 681 061

NOTAS:

Devido ao concerto de Nile no Colinas Bar estar esgotado e também devido á grande procura de bilhetes o concerto foi transferido para o Hard Club de Gaia, com abertura de portas ás 20:30h. Os bilhetes/reservas são validos para lá, mas caso haja problemas avisem. Pedia também que passassem a palavra através da Internet e dos vossos amigos, para aqueles que achavam não poderem ir ou que queiram ir, mas não saibam da mudança ainda o possam fazer, pois irão haver muitos mais bilhetes disponíveis. O preço do dia mantém-se em 21€.

Obrigado
Paulo Santos (Division House)
Telemóvel: 969010451

sexta-feira, setembro 23, 2005 

Agenda: 24.09.2005

terça-feira, setembro 20, 2005 

Em Análise: Kill The Thrill

Kill The Thrill / Tellurique
CD Season Of Mist, 2005

Os Kill The Thrill, provenientes de Marselha, França, são uma proposta aparentemente desconhecida por estas latitudes. A sua carreira percorre até ao momento 16 anos, com a discografia a remeter-nos para «Dig» (1993), «Low» (1996) e «203 Barriers» (2001), sendo «Tellurique» a quarta e última proposta. Os franceses aperfeiçoaram as ideias dos anteriores álbuns, amadureceram para uma direcção, que se pode dizer hoje, sem qualquer complexo, bastante proveitosa e uma agradável surpresa no mercado discográfico. Sob a designação «Tellurique» (em português significa Telúrico, adj. relativo à Terra), a sua música pode ser definida como um registo que mistura componentes de metal, industrial, post-rock, noise e new wave. Só neste aspecto podemos, eventualmente, despontar comparações com os colectivos Neurosis, Isis, Cult Of Luna, Killing Joke, Swans e Godflesh até porque, visto de qualquer outro prisma, «Tellurique» consolida o colectivo francês como uma proposta singular que justifica a compra. Musicalmente, verificamos que temos em mãos uma experiência que “tem que ser ouvida, sentida e interiorizada” com atenção, tal é o gabarito qualitativo destes franceses em qualquer uma das composições. Das doze faixas, as que mais se destacam são “Permanent Imbalance”, “Non Existence”, “Soave” (um dos dois temas existentes na língua francesa e o meu predilecto) cantado por Marylin Tognolli, “Body” e ainda “Us And Them” que encaixa perfeitamente no entendimento Godflesh. Será uma dedicatória á banda britânica? É bem provável que assim seja. Finalmente, em jeito de conclusão, o trio liderado por Nicolas Dick (vocais, guitarra, programações) e acompanhado por Frédéric De Benedetti (guitarra) e Marylin Tognolli (baixo) está de parabéns. Após três álbuns com a tarefa árdua de afirmação, «Tellurique» é a certeza de que todo o sangue, suor e lágrimas valeram a pena. Era a lufada de ar fresco que se pedia e os Kill The Thrill conseguiram-no.

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sábado, setembro 17, 2005 

Feedback: Isole

Isole / Forevermore [ 8 / 10 ]
CD I Hate Records, 2005

Previamente conhecidos como Forlorn desde 1990 até 2003, este trio sueco, constituído por Daniel Bryntse (bateria/voz), Crister Ohlsson (guitarras) e Henrik Lindenmo (baixo), lança a sua estreia longa duração sob o nome Isole. Esta nova denominação para além de estranha tem a curiosidade de nos submeter ao mesmo significado da designação anterior, embora seja oriunda de outro idioma. Já com quinze anos de historial, estes suecos continuam a manter níveis de habilidade musical bem no topo, utilizando para tal, as influências sonantes de Candlemass, Solitude Aeternus, Solstice e While Heaven Wept. Este «Forevermore», contém sete faixas baseadas na tradição do Doom Metal mais épico, recorrendo quase sempre a riffs lentos e melodiosos, harmonias vocais bem marcantes, podendo ser facilmente situados na mesma linha que Robert Lower e os seus Solitude Aeternus nos habitua(ra)m. A temática das letras, tal como as vocalizações e coros (exceptuando a aparição do vocal grotesco do baixista Henrik em “Moonstone”), são profundas e emotivas, falando sobre histórias de amor não correspondido e morte. Importância acrescida tem o resultado final da produção, isto depois da gravação ter decorrido durante (apenas!) uma semana no The Overlook Studio, em Gävle, enquanto que a mistura foi concebida somente em dois dias. Para tal ter acontecido, parece ter contribuído o facto de todas as faixas encontradas em «Forevermore» terem sido gravadas anteriormente em outras ocasiões, inclusive, quatro delas (“The Watcher”, “Age Of Darkness”, “Forevermore”, “Moonstone”) sob a alçada Forlorn. Também em destaque, sublinhe-se a recente entrada do baterista Jonas Lindström (ex-Withered Beauty) em substituição de Daniel Bryntse que passará agora a ficar mais concentrado na voz e executará ainda a função de segundo guitarrista, tal como o era inicialmente. Em conclusão, todos estes indicadores chegam e sobram, para dizer que, embora o género não esteja tão produtivo como se esperava, também não está criativamente morto como muitos o desejariam. Sabe sempre bem acrescentar um nome para comprovar o contrário.

sexta-feira, setembro 16, 2005 

Feedback: Olen'k

Olen'k / Silently Noisy [ 9 / 10 ]
CD Cold Meat Industry, 2005

Embora se trate de uma banda relativamente recente, não deixa de ser curioso que os Olen’k (Patrice Debet, Elise Monastier e Manu Costa) só agora editem o seu primeiro trabalho. Formados há seis anos em França, o colectivo depressa ficou numa posição de destaque até porque qualidade na música foi algo que nunca faltou, a começar pelo EP «Half Asleep». O facto de ter ficado aliada ao espectro Cold Meat Industry deu maior divulgação junto do público, isto apesar de «Silently Noisy» evidenciar um lançamento pouco habitual no catálogo da editora sueca. E, verdade seja dita, o colectivo de Limoges não parece muito preocupado com esse aspecto, preferindo antes criar músicas memoráveis e “competir” para alcançar o seu canto. Se o tema “Season Of Tears” abre o disco com lembranças ocasionais a Dead Can Dance, este não pode ser visto para além de primeiro contacto já que logo a seguir, a banda francesa concebe outros voos. Vejamos exemplos pegando em outras faixas: uma audição atenta a “Ego”, “Insomnia” ou mesmo “Divided” demonstram passagens etno-electro, ambientes darkwave, incursões pelo trip-hop e world music para não me atrever a referir outros estilos. Falando em termos vocais, Elise Monastier e Cécile Gonzales quase sempre cruzam os seus registos, envergando por melodias bastante emotivas e de fácil audição. Nada disso seria possível testemunhar se não fosse o trabalho dos instrumentistas Manuel e Patrice, diverso, entusiasta e com destreza acentuada. À primeira vista, pode parecer complicado escutar um disco com estes atributos mas é uma proposta que vale a pena dispender tempo para ouvir e compreender. Incrivelmente único, este testemunho promete não abrandar a chama viva da Cold Meat Industry, mesmo que para isso seja considerada a proposta mais alternativa do lote sueco.

quarta-feira, setembro 14, 2005 

Feedback: Gothminister

Gothminister / Empire Of Dark Salvation [ 8 / 10 ]
CD Tatra Records, 2005

Consumado que está o capítulo «Gothic Electronic Anthems» eis o segundo resultado na carreira dos Gothminister, desta vez decifrado sob o nome «Empire Of Dark Salvation». Encabeçados pelo vocalista (fundador e principal compositor) Bjorn Alexander Brem, os Gothminister desde cedo socorreram-se numa fusão de ritmos electrónicos combinados com as tradições gothic rock/metal industrial. Surpreendentemente, o grupo não se ficou por esses limites e tem vindo a incluir componentes sinfónicos e épicos, para além de um visual um tanto nada invulgar, influenciado pela cultura samurai/japonesa. Uma das conclusões a que cheguei ao relacionar o primeiro disco com este novo trabalho é que se torna notório que os noruegueses decidiram regressar com pretensões maiores. É fácil perceber que reformularam detalhes e delinearam uma direcção mais interessante, para quem aprecie sonoridades mais pesadas, obviamente. Optando por riffs de guitarra com maior presença, no entanto, sem grandes divagações, a sonoridade praticada pelo colectivo ganhou novas aptidões que encaixam perfeitamente nas referências Rammstein, The Kovenant e Marilyn Manson. Das doze passagens incluídas, os temas “Dark Salvation”, “Monsters”, ”Forgotten”, “Leviathan” e “Happiness In Darkness” são que introduzem um equilíbrio maior, tal como, despertam aspectos que torna fácil recordar um disco relativamente recente: «Synthetic Generation» dos suecos Deathstars. Comparações à parte, este novo cartão de visita com a co-mistura de Stefan Glaumann (Rammstein, Clawfinger, Paradise Lost, Within Temptation), revela capacidades para agradar a quem gosta do estilo e, por certo, terá feito as delícias dos que se tenham apresentado para presenciar “a nova vaga do gótico do segundo milénio” em conjunto com os Lacrimosa no 14 de Junho último, em Gaia.

in Darkness Anthem

terça-feira, setembro 13, 2005 

Feedback: Withered

Withered / Memento Mori [ 7 / 10 ]
CD Lifeforce Records, 2005

Estes norte-americanos formados em 2003 pelos ex-membros de Social Infestation, Chris Freeman (guitarras/vocais) e Mike Thompson (guitarras/vocais), fazem parte do último enfoque da Lifeforce, uma das responsáveis pela divulgação dos ares metalcore. Depois da faceta direccionada para o grindcore/crust punk, oriunda do projecto anterior, «Memento Mori» é o primeiro trabalho lançado pelo quarteto de Atlanta, que nos apresenta uma orientação musical renovada. À(s) característica(s) do death metal sueco da cena de Estocolmo, referenciado por «Left Hand Path» dos Entombed e mais tarde seguido de perto pelos estandartes suecos Unleashed, Grave e Dismember, os Withered aplicam paisagens sonoras mais contemporâneas como os Mastodon ou High On Fire, a que se alia ainda uma costela doom metal bem incisiva. Depois de ouvirmos com atenção a entrada grindcore de “It’s All Said”, o sludge de “Among Sorrow”, o doom metal em determinados momentos de "Beyond Wrath" e “Like Locusts”, estamos perante uma banda que revela bem os seus gostos musicais e margem de manobra para se movimentar no futuro. O problema coloca-se quando o assunto reflecte a música resultante da gravação, principalmente nas partes de bateria mais rápidas com o constante abafar dos restantes instrumentos. Embora a produção não seja assim tão má, é um facto que merecia mais atenção, tornando-se por vezes desagradável não ter a percepção de mais pormenores em algumas faixas. Melhor tratamento tem o layout de Paul Romano (Mastodon, Trivium, Hate Eternal, A Life Once Lost), uma referência obrigatória deste trabalho tal como o mérito para os riffs e as melodias de guitarra, por vezes até bem técnicos. A fim de acompanhar esta última sequência, esperemos que o próximo lançamento saboreie igual poderio mas maior equilibro.

 

Lançamentos: Setembro 2005

Susperia / Devil May Care / MCD Tuba Recordings, 2005
01. Venting The Anger 02. Wild Child (W.A.S.P. Cover) 03. Devil My Care
04. Lack Of Comprehension (Death Cover) 05. The Sun Always Shines On TV (A-HA Cover)

Symphorce / Godspeed / CD Metal Blade, 2005

01. Everlasting Life 02. Nowhere 03. The Mirrored Room 04. Black Water
05. Haunting 06. Your Cold Embrace 07. Wounds Will Last Within
08. Crawling Walls For You 09. Without A Trace 10. No Shelter

Beseech / Sunless Days / CD Napalm Records, 2005
01. Innerlane 02. The Outpost 03. A Bittersweet Tragedy 04. Everytime I Die
05. Devil's Plaything (Danzig Cover) 06. Lost 07. Last Obsession 08. Emotional Decay
09. Restless Dreams 10. The Reversed Mind

segunda-feira, setembro 12, 2005 

Feedback: Paradise Lost

Paradise Lost / Paradise Lost [ 8.5 / 10 ]
CD GUN Records, 2005


Os Paradise Lost são uma das bandas carismáticas do heavy metal digna de referência, com ramificações bem patentes em variadíssimos países. Independentemente daquilo que se procurou e procura neles, é inegável afirmar que este ícone do início dos anos 90, deu passos de gigante para uma carreira bem sucedida, conjugada em «Lost Paradise» e assente em álbuns como foram «Gothic», «Shades Of God», «Icon» e «Draconian Times». Desde então, e após um vasto reconhecimento, os reis de Halifax “abraçaram” sonoridades mais electrónicas para não estagnar o conceito de “álbum com guitarras em prato principal”, como também se percebeu a intenção de convencer um público que até então, duplicava a cada lançamento. Com «One Second» surgiram as primeiras mudanças coincidentes com as primeiras criticas, no entanto, o tempo tem-se encarregue de demonstrar que, uma vez mais, os britânicos estavam um passo à frente da concorrência. A obra «Host» - um álbum com claras evidências a Depeche Mode - expôs uma sonoridade extremamente pop (mas não por isso menos perfeita) que desde cedo deixou antever uma quebra previsível na popularidade da banda, vindo ainda a acentuar a problemática de situar a banda no mercado. A preocupação de incluir mais guitarras e algum peso ficou patente nos trabalhos seguintes onde «Believe In Nothing» e «Symbol Of Life» eram ocasionalmente marcados por algumas boas ideias, contudo, sem a absorção desejada. Perante o regresso esperado para este ano, «Paradise Lost» foi criando ao longo dos meses uma grande expectativa, reflectida em comunicados feitos pela própria banda, onde dizia estarem perante o álbum mais pesado dos últimos dez anos, ou seja, desde «Draconian Times». Pondo-o a tocar, «Paradise Lost» é de facto um trabalho mais convincente que os anteriores registos e podemos, inclusive, reencontrar algum “método” já bem conhecido pelos seguidores mais acérrimos onde se destacam os rasgos criativos da guitarra solo de Gregor Mackintosh. Basta seguir a inspiração divina do guitarrista em “All You Leave Behind“, “Accept The Pain” e “Over The Madness” para verificar que o peso das bases do passado é de facto, propositado. Claramente requisitado para mais audições, coloca-se indecisão à selecção de outros temas marcantes, contudo, as (minhas) escolhas recaem sobre “Don’t Belong”; “Forever After”, o single de avanço com participação de Heather Thompson dos Tapping The Vein; “Shine” (perfeitamente incluído no alinhamento de «Draconian Times») e “Spirit”. Adicione-se a tudo isto o novo baterista Jeff Singer (ex-Blaze) para além dos já habituais Aaron Aedy, Steve Edmonson, Nick Holmes e o já mencionado Gregor Mackintosh, como também, a produção cativante assinada mais uma vez por Rhys Fulber. Por todos estes motivos e por muito que custe ver e ouvir, os Paradise Lost regressaram em grande forma. Não fosse o passado influente demasiado “pesado” nos ombros dos britânicos, poderíamos perfeitamente, ter entre mãos um trabalho mais pontuado, e quem sabe, um dos possíveis eleitos para álbum do ano.

domingo, setembro 11, 2005 

Em Análise: Frantic Bleep

Frantic Bleep / The Sense Apparatus
CD The End Records, 2005

Confirmando a excelente prestação aquando da demo CD «Fluctuadmission» em 2002, os invulgares Frantic Bleep decidiram brindar-nos com mais uma abordagem acima da média, se bem que, desta vez no formato de primeiro álbum. Que a banda tem uma linha musical com variadíssimas influências e com uma criatividade e habilidade consideráveis, ninguém o nega, no entanto, o à vontade com que presenteia um som algo sinistro e melancólico, por vezes meio “desconcertante” e de projecção atmosférica, deixa-nos boquiabertos. E diga-se que logo após uma breve introdução com o nome “A Survey”, o quarteto explora às primeiras melodias do álbum em estudo, uma série de elementos que os afirma como uma das propostas mais interessantes vindas da Noruega nestes últimos tempos. Estabelecendo esse estatuto e longe de ser um disco corriqueiro, temas como “The Expulsion”, “…But A Memory”, “Nebulous Termini" e “Cone”, parecem tudo menos vindos de uma banda com uma existência tão curta, por muito difícil que o possa parecer. Para além disso, a produção de Patrick Scantlebury (guitarras, sintetizadores) fornece uma estrutura límpida e bem volumosa como também se destaca a presença de Agnete M. Kirkevaag (Madder Mortem) em diversas ocasiões, acompanhando o ecléctico Paul Mozart Bjørke que acumula funções como baixista para além dos vocais. Compreende-se, portanto, que face à abundância e aos aspectos já mencionados, «The Sense Apparatus» não seja de fácil digestão, tais são as mutações sonoras aqui encontradas. É exactamente isso que lhes garante, na minha opinião, o título de banda revelação em 2005, cuja desenvoltura não torna «The Sense Apparatus» um excelente disco, mas sim, uma preciosidade.

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quarta-feira, setembro 07, 2005 

Feedback: Mystigma

Mystigma / Universal Surrender [ 7.5 / 10 ]
CD Équinoxe Records, 2005

Embora Mystigma seja um nome relativamente recente no mercado, a verdade é que estes alemães são descendentes de uma outra designação, os Tears Of Mystigma. Chegados ao “terceiro” registo, após o CD «Reflect Project: Colder Side» de 2000 e o MCD «Higher Circumstance» de 2002, a sonoridade resulta num disco de um agradável gothic metal/rock, com músicas envoltas em atmosferas sombrias e electrónicas, piscando o olho a quem admire/acompanhe Paradise Lost durante o período conturbado de «Host» ou o mais recente «Symbol Of Life». Mesmo impressionando com a excelente abertura de “Universal Surrender”, seguida de “Insomnia” e terminando na instrumental “Into Nothing”, todas as músicas optam por uma linha musical, já por si, nada fácil de inovar. O cuidado das doze faixas diferirem umas das outras, evitando alguma monotonia na audição, é um pormenor a que não se pode ficar imune mas como já referi, muito do conteúdo ouvido em «Universal Surrender», embora de qualidade, sofre de comparações - não só de Paradise Lost - que nos fazem pensar que talvez a música do colectivo alemão precise de um pouco mais de originalidade e criatividade. Será, porventura, o principal aspecto a ser revisto num futuro próximo até porque no restante, produção e execução técnica, a banda apresenta-se bem aprimorada e com argumentos que falam por si. Pela saída de «Universal Surrender», é responsável a Équinoxe Records, tendo sido gravado por Torsten Bäumer (vocais), Jörg Bäumer (guitarras, teclados e programações), Clemens Leugers (guitarras), Stephan Richter (baixo) e Jens Meier (bateria). Mesmo não sendo algo muito extravagante, não deixem de conferir.

terça-feira, setembro 06, 2005 

Lançamentos: Setembro 2005

Siebenbürgen / Darker Designs & Images / CD Napalm Records, 2005
01. Darker Designs 02. Rebellion 03. As Legion Rise 04. A Crimson Coronation
05. Skuggor 06. Born Under A Black Sun 07. Of Blood And Magic 08. Remnants Of Ruin
09. Harvest For The Devil 10. Forged In Flames 11. Summoner Of The Unseen
12. A Night's Eternity* 13. Ut Ur Graven*
* Bonus tracks for the Limited Edition
Neuraxis / Trilateral Progression / CD Willowtip Records, 2005
01. Introspect 02. Clarity 03. Thought Adjuster 04. Shatter The Wisdom
05. Monitoring The Mind
06. A Curative Struggle 07. Chamber Of Guardians 08. Caricature
09. Axioms
10. The Apex
Municipal Waste / Hazardous Mutation / CD Earache Records, 2005
01. Intro / Death Ripper 02. Unleash The Bastards 03. Thing 04. Blood Drive
05. Accelerated Vision 06. Guilty Of Being Tight 07. Thrashin’ Of The Christ
08. Hazardous Mutation 09. Nailed Casket 10. Abusement Park 11. Black Ice
12. Mind Eraser 13. Terror Shark 14. Set To Destruct 15. Bang Over
Hypocrisy / Virus / CD Nuclear Blast, 2005
01. Intro 02. Warpath 03. Scrutinized 04. Fearless 05. Craving For Another Killing
06. Let The Knife Do The Talking 07. A Thousand Lies 08. Incised Before I've Ceased
09. Blooddrenched 10. Compulsive Psychosis 11. Living To Die
Pelican / The Fire In Our Throats Will Beckon The Thaw / CD Hydra Head, 2005
01. Last Day Of Winter 02. Autumn Into Summer 03. March Into The Sea 04. Untitled
05. Red Ran Amber 06. Aurora Borealis 07. Sirius
Ill Niño / One Nation Underground / CD Roadrunner, 2005
01. This Is War 02. My Resurrection 03. What You Deserve
04. La Liberacion Of Our Awakening 05. Turns To Gray 06. All I Ask For 07. De La Vida
08. Corazon Of Mine 09. Everything Beautiful 10. In This Moment 11. My Pleasant Torture 12. Violent Saint 13. Red Rain
Between The Buried And Me / Alaska / CD Victory Records, 2005
01. All Bodies 02. Alaska 03. Croakies And Boatshoes 04. Selkies: The Endless Obsession
05. Breathe In, Breathe Out 06. Roboturner 07. Backwards Marathon 08. Medicine Wheel
09. The Primer 10. Autodidact 11. Laser Speed
Withered / Memento Mori / CD Lifeforce Records, 2005
01. It's All Said 02. Within Your Grief 03. Like Locusts 04. Silent Grave
05. Beyond Wrath 06. Fear And Pain That Cripples Me 07. Among Insects

domingo, setembro 04, 2005 

Em Análise: Green Carnation

Green Carnation / The Quiet Offspring
CD Season Of Mist, 2005

Se me é permitido dizer, estamos perante a mais valiosa herança da era pós-In The Woods, uma das mais bem cotadas bandas norueguesas. Por este motivo, a carreira dos Green Carnation foi desde sempre vista com grande curiosidade e proximidade, sabendo à partida que alguns membros dos In The Woods (Christopher Botteri, X. Botteri, Synne Soprana, Anders Kobro e Bjørn Harstad) colaboraram nos Green Carnation. Formados em 1990 por Tchort, Anders Kobro e os irmãos Botteri, viriam a dissolver-se dois anos mais tarde quando Tchort recebeu um convite para integrar os Emperor, o mote indicado para que os restantes membros formassem assim (o núcleo duro) (d)os In The Woods. Reagrupados mais tarde e após o fim dos In The Woods, Tchort e os irmãos Botteri gravaram «Journey To The End Of The Night» em 2000, ao qual se seguiu no ano seguinte o colosso «Light Of Day, Day Of Darkness» já com Anders Kobro na formação mas sem o talento dos irmãos Botteri. Numa abordagem ainda mais acessível mas complicada de descrever, 2003 apresentou «A Blessing In Disguise» - indubitavelmente marcado por mais uma presença In The Woods (Bjørn Harstad) - com uma orientação mais progressiva e igualmente distante do doom metal que os popularizou. Em relação a «The Quiet Offspring», este é o segundo trabalho com o selo Season Of Mist e o que encontramos aqui é uma evolução na orientação musical face ao antecessor mas que não consegue fazer justiça à genialidade de outros tempos... Serve de consolo poder encontrar ideias focadas nos discos anteriores como são os casos de “A Place For Me”, “Child’s Play - Part 1 e 2” e “When I Was You” e destacar o desempenho do vocalista Kjetil Nordhus. Muitos de vocês perguntarão se «The Quiet Offspring» valerá a pena. Longe de ser mediano, neste momento, só posso adiantar que «The Quiet Offspring» é um agradável desfrute para os amantes do metal progressivo, sem que no entanto consiga suplantar a imortalidade garantida de um disco como é «Light Of Day, Day Of Darkness».

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sábado, setembro 03, 2005 

Feedback: Emancer

Emancer / The Menace Within [ 9 / 10 ]
CD Golden Lake Productions, 2005
Se ainda se lembram, no final da análise que realizei a «Invisible» (ver aqui), fiz referência ao regresso destes senhores, previsto no decurso deste ano. Ora, aqui, essa sua nova investida ganha vida, um ano após o elogiado antecessor, com o núcleo do grupo a manter-se em redor de Mithrin e Gorbag, contando com a sempre preciosa intervenção de Helstein nos vocais limpos e na elaboração das letras. Tal como o título «The Menace Within» pode(rá) eventualmente sugerir, o estilo avantgarde próximo/colado ao black metal é uma ameaça a ter em conta pela concorrência mais ecléctica dentro do metal, agora que o duo de Luster mostra ainda mais talento e vontade para triunfar. Recalcando os passos que já deram antes, podemos assistir, principalmente, à fórmula de «Invisible» com um aperfeiçoamento acentuado, em especial na bateria, apesar de esta continuar a ser programada, o resultado é desta vez mais empolgante e com ritmo mais variado. Torna-se evidente que neste novo desafio, os noruegueses, não estão para brincadeiras e pretendem consolidar a posição de respeito que tem vindo a granjear no underground. Sabendo estabelecer a ligação entre as suas múltiplas personalidades, a característica mais notável deste registo, é que nos dias que correm, a banda demonstra maiores capacidades de elaborar um álbum que fuja aos padrões pré-estabelecidos, contribuindo consideravelmente para o excelente resultado que temos entre mãos. Também a opção da tonalidade sóbria e mais expressiva do artwork e booklet, foi outro pormenor que forneceu mais valia ao trabalho aqui representado, contrastando com a orientação mais psicadélica da dose anterior. Para terminar, dá para perceber porque é que a Golden Lake fez questão de renovar o contrato com os noruegueses. «The Menace Within» não podia ser mais claro.

sexta-feira, setembro 02, 2005 

Feedback: Peccatum

Peccatum / The Moribund People [ / ]
EP Mnemosyne Productions, 2005

Os Peccatum - Ihsahn (ex-Emperor) e Ihriel (Star Of Ash) - foram uma das surpresas do ano transacto aquando da edição de «Lost In Reverie», pela editora Mnemosyne Productions, propriedade do casal. «The Moribund People», o segundo EP da carreira dos noruegueses, dificilmente terá a exposição desse último trabalho. Não por falta de inspiração, diga-se, mas porque estamos perante um lançamento de transição entre «Lost In Reverie» e o próximo longa duração, certamente, com o intuito de manter o foco na banda. Neste disco, a sensibilidade avantgarde do duo norueguês, resume-se a dois temas originais e a uma cover dos suecos Bathory. A faixa “The Moribund People” é a primeira a abrir as hostilidades e um dos aspectos que ressalta particularmente, é o encaixe perfeito das vozes de Ihsahn e Ihriel, quase sempre envoltos em dramáticos arranjos de teclas. “A Penny’s Worth Of Heart” é o tema que se segue. Mais ambiental e obscuro, com um certo ambiente trip-hop à mistura, “pinta” um quadro mais perturbante e menos directo. Obviamente, não tem o mesmo impacto imediato de “The Moribund People” mas mesmo assim não deixa de ser um registo agradável. Noutro plano, “For All Those Who Died”, um original do clássico «Blood Fire Death», pode ser visto como tributo a Quorthon, devido ao seu recente falecimento. Previsível, ou não, a interpretação dos Peccatum propõe uma versão diferente logo no início, com a voz de Ihriel aliada ao piano, em contraste com a segunda metade mais próxima do black “thrash” metal da versão original, à responsabilidade de Ihsahn. Terminado o desfile das três faixas, em pouco mais de quinze minutos, destaque ainda para a inclusão da faixa multimédia de “The Moribund People”. Decididamente, Ihsahn, não pretende viver das glórias do passado. Se dúvidas houvessem, todo o percurso dos Peccatum diria o contrário.

in Darkness Anthem