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segunda-feira, setembro 12, 2005 

Feedback: Paradise Lost

Paradise Lost / Paradise Lost [ 8.5 / 10 ]
CD GUN Records, 2005


Os Paradise Lost são uma das bandas carismáticas do heavy metal digna de referência, com ramificações bem patentes em variadíssimos países. Independentemente daquilo que se procurou e procura neles, é inegável afirmar que este ícone do início dos anos 90, deu passos de gigante para uma carreira bem sucedida, conjugada em «Lost Paradise» e assente em álbuns como foram «Gothic», «Shades Of God», «Icon» e «Draconian Times». Desde então, e após um vasto reconhecimento, os reis de Halifax “abraçaram” sonoridades mais electrónicas para não estagnar o conceito de “álbum com guitarras em prato principal”, como também se percebeu a intenção de convencer um público que até então, duplicava a cada lançamento. Com «One Second» surgiram as primeiras mudanças coincidentes com as primeiras criticas, no entanto, o tempo tem-se encarregue de demonstrar que, uma vez mais, os britânicos estavam um passo à frente da concorrência. A obra «Host» - um álbum com claras evidências a Depeche Mode - expôs uma sonoridade extremamente pop (mas não por isso menos perfeita) que desde cedo deixou antever uma quebra previsível na popularidade da banda, vindo ainda a acentuar a problemática de situar a banda no mercado. A preocupação de incluir mais guitarras e algum peso ficou patente nos trabalhos seguintes onde «Believe In Nothing» e «Symbol Of Life» eram ocasionalmente marcados por algumas boas ideias, contudo, sem a absorção desejada. Perante o regresso esperado para este ano, «Paradise Lost» foi criando ao longo dos meses uma grande expectativa, reflectida em comunicados feitos pela própria banda, onde dizia estarem perante o álbum mais pesado dos últimos dez anos, ou seja, desde «Draconian Times». Pondo-o a tocar, «Paradise Lost» é de facto um trabalho mais convincente que os anteriores registos e podemos, inclusive, reencontrar algum “método” já bem conhecido pelos seguidores mais acérrimos onde se destacam os rasgos criativos da guitarra solo de Gregor Mackintosh. Basta seguir a inspiração divina do guitarrista em “All You Leave Behind“, “Accept The Pain” e “Over The Madness” para verificar que o peso das bases do passado é de facto, propositado. Claramente requisitado para mais audições, coloca-se indecisão à selecção de outros temas marcantes, contudo, as (minhas) escolhas recaem sobre “Don’t Belong”; “Forever After”, o single de avanço com participação de Heather Thompson dos Tapping The Vein; “Shine” (perfeitamente incluído no alinhamento de «Draconian Times») e “Spirit”. Adicione-se a tudo isto o novo baterista Jeff Singer (ex-Blaze) para além dos já habituais Aaron Aedy, Steve Edmonson, Nick Holmes e o já mencionado Gregor Mackintosh, como também, a produção cativante assinada mais uma vez por Rhys Fulber. Por todos estes motivos e por muito que custe ver e ouvir, os Paradise Lost regressaram em grande forma. Não fosse o passado influente demasiado “pesado” nos ombros dos britânicos, poderíamos perfeitamente, ter entre mãos um trabalho mais pontuado, e quem sabe, um dos possíveis eleitos para álbum do ano.