Image Hosted by ImageShack.us

segunda-feira, outubro 31, 2005 

Análise: The Project Hate MCMXCIX

The Project Hate MCMXCIX / Armageddon March Eternal... [ 9 / 10 ]
CD Threeman Recordings, 2005
Para os mais desatentos, os The Project Hate MCMXCIX (TPH), são uma banda oriunda da Suécia, desde 1998, que integra Jörgen Sandström (conhecido pelo desempenho em três discos de Grave, dez anos nos Entombed e que recentemente participou no álbum de estreia dos Vicious Art) juntamente com Lord K(enth) Philipson (God Among Insects). «Armageddon March Eternal: Symphonies Of Slit Wrists» é o nome do quarto opus da banda, sem contar com a interpelação de «Killing Helsinki» editado pouco antes de «Hate, Dominate, Congregate, Eliminate». Revelador de bons aspectos, este novo trabalho expõe, finalmente, uma formação capaz de criar um disco potencialmente superior aos anteriores. Para tal, contribuiu a entrada do agora guitarrista permanente, Peter S. Freed (2 Ton Predator), bem como à mais recente aquisição, Mikael Häkansson no baixo, oriundo dos conterrâneos Evergrey. Uma audição atenta aos oito temas, rondando pouco mais de uma hora, mostra-nos as melhores músicas alguma vez compostas por TPH, como por exemplo na sequência “I See Nothing But Flesh”/“Resurrected For Massive Torture”/“We Couldn’t Be Further From The Truce”, tocadas com convicção e execução digna de uma banda sueca. Apercebemo-nos de imediato que a banda continua a primar a exploração do manifesto Death Metal para fronteiras pouco habituais, sempre com a voz grunhida de Jörgen em primeiro plano, contrastando com o Gothic Metal de tendência mais samplado e Electrónico quase sempre aliado à voz angelical de Jo Enckell, cujo tom se impõe num registo muito qualitativo. Também devidamente louvado, o discurso da banda ganha alguma emoção ao referir que “every single tone and word on this album is dedicated to Mieszko Talarczyk” (Nasum), recentemente falecido no incidente do tsunami em Dezembro do ano passado. Um último apontamento reside na The Troops Of Devastation, sem mais nem menos, o nome dado ao role de convidados que participam nos vocais de apoio, onde se incluem membros de Vicious Art, Defleshed, Grave, Unleashed entre outros. É sem qualquer margem para dúvida, um exercício praticado por músicos com créditos bem posicionados na cena e será quase garantido que «Armageddon March Eternal…» se encarregará de cativar os mais incautos, para o que se prevê, uma consideração obrigatória neste ano de 2005. [ 9 / 10 ]

domingo, outubro 30, 2005 

Agenda: 01.11.2005

sábado, outubro 29, 2005 

Em Análise: Morgul

Morgul / All Dead Here...
CD Season Of Mist, 2005

Jack D. Ripper, o mentor dos Morgul, projecta finalmente o seu regresso após quatro anos na silenciosa penumbra. No seu país de origem, os noruegueses podem ser considerados, um dos segredos mais bem guardados dentro do espectro de música extrema que antecede o orgulho de terem criado um estilo muito próprio, fruto de uma carreira invejável até ao momento. Depois de dois trabalhos com um talento inigualável, cenário nada excepcional para quem os conhece minimamente, «All Dead Here…» é um trabalho algo interessante de se explorar, tentando no mínimo, manter a identidade musical criada por Jack D. Ripper e arriscando muito pouco. Visivelmente menos variado e experimental, «All Dead Here…» não consegue reerguer a banda ao patamar de «The Horror Grandeur» (aquele que é provavelmente o melhor álbum da sua discografia) ou mesmo «Sketch Of A Supposed Murderer», o penúltimo trabalho da carreira e o último editado pela Century Media. Regra geral, é por demais evidente que «All Dead Here…» traz um potencial nitidamente menos inspirado (poderá o titulo reflectir tal pormenor?) do que os seus antecessores, embora a boa produção e o empenho demonstrado pelos músicos (a que se acrescenta Pete Johanssen no violino e Tom Cuper na bateria) continue a manter um estatuto respeitável. É notória a sonoridade black metal (como sempre foi) no resultado final mas também alguma preocupação em não tender o navio somente para essa maré, pegando também em influências mais góticas como acontece em "Sanctus Perversum". A gravação/produção decorreu no SoundSuite Studio (França), com a previsível colaboração de Terje Refnes (Tristania, Theatre Of Tragedy, Alastis, Gehenna) já com muita vivência neste campo. Ao longo dos oito temas do seu horror black metal sinfónico, por vezes avantgarde, «All Dead Here…» evidencia menor impacto e decréscimo de inspiração que relativamente a Morgul e/ou Jack D. Ripper, soa perfeitamente ridículo e nada fiel à imagem criada pelo músico ao longo dos (últimos) anos.

Etiquetas: ,

quinta-feira, outubro 27, 2005 

Lançamentos: Outubro 2005

Ephel Duath /Pain Necessary To Know / CD Elitist Records/Earache, 2005
01. New Disorder 02. Vector, Third Movement 03. Pleonasm 04. Few Stars, No Refrain And A Cigarette 05. Crystalline Whirl 06. I Killed Rebecca 07. Vector 08.Vector, Second Movement 09. Imploding
The Eternal / Sleep Of Reason / CD Firebox, 2005
01. Awaken, Arise 02. Everlasting 03. To Drown 04. A Soul Undone 05. Hollow Inside 06. In My Skin 07. A Dream's End 08. Beneath The Soil 09. Sleep Of Reason 10. The Dying Light 11. Weight of Empathy
Grimfist / 10 Steps To Hell / CD Candlelight, 2005
01. The Power 02. Separation Of My Soul 03. Breed Apart 04. Unborn (Intro) 05. Unborn 06. The Ashes Of The Gods 07. Reap The Fire 08. Touched By A Shadow Of Evil 09. Tools Of The Trade 10. Fight Or Die
The Project Hate MCMXCIX / Armageddon March Eternal / CD Threeman Recordings, 2005
01. At The Entrance To Hell's Unholy Fire 02. The Bleeding Eyes Of A Breeding Whore 03. I See Nothing But Flesh 04. Resurrected For Massive Torture 05. We Couldn't Be Further From The Truce 06. Godslaughtering Murder Machine 07. Symphony Of The Deceived 08. Loveless, Godless, Flawless
Swallow The Sun / Ghosts Of Loss / CD Firebox, 2005
01. The Giant 02. Descending Winters 03. Psychopath's Lair 04. Forgive Her... 05. Fragile 06. Ghost Of Laura Palmer 07. Gloom, Beauty And Despair 08. The Ship

terça-feira, outubro 25, 2005 

Agenda: 28 e 31.10.2005

domingo, outubro 23, 2005 

Agenda: 25 e 26.10.2005

quinta-feira, outubro 20, 2005 

Em Análise: Pitch Black

Pitch Black / Thrash Killing Machine
CD Recital Records, 2005

Esclareça-se que, ao longo dos anos, duas bandas de thrash metal têm vindo a ganhar notoriedade em Portugal: os Hematoma e os Pitch Black. Foquemo-nos agora no espectro nortenho ao longo desta análise. As primeiras amostras surgem aliadas à designação Withering, que movimentava as hostes nacionais desde 1995 e cuja designação viria em 2001 a ser reformulada para Pitch Black. Passado algum tempo e com a gravação de «Thrash Killing Machine» concluída, seguiu-se um extenuante processo na procura de editora, o que acabou por ficar remetido à editora lusitana Recital Records. Não é de estranhar, portanto, que após tanta adversidade entre mãos, este álbum consiga sair “cá para fora” com a curiosidade envolvente em máxima rotação. Gravado no Trigger Studios, em São João da Madeira, com produção de Rui Danin e Álvaro Fernandes, este disco inclui na íntegra todos os ingredientes que, decerto, muitos de nós já pudemos apreciar ao vivo. A começar pelo bom trabalho de guitarras de Álvaro Fernandes (guitarra ritmo) e de Sérgio Vilas Boas (guitarra solo), que assim vê terminada a sua colaboração com a banda, tendo fornecido recentemente o lugar ao jovem Ricardo Martins. Embora, grande parte do potencial dos nortenhos resida nas guitarras, extremamente bem concebidas, é justo realçar o trabalho dos restantes músicos. Francisco Martins (bateria), Daniel Silva (baixo) e Pedro Gouveia (vocais) vincam bem o seu potencial e a sua propensão é adequadíssima, o que por si só, demonstra que o segredo da banda vive na complementaridade dos seus instrumentalistas. Desde o excelente “Standards Of Perfection”, passando por “Divine Not Human” ou “SuffocHate” com participação especial de Joca (Demon Dagger), os Pitch Black carregam uma fusão de thrash metal que se compreende entre o old school praticado pelas bandas dos anos 80, com as tendências mais modernas do estilo. Por tudo isto e após dois longos anos, pode dizer-se que a espera valeu a pena. Aproveitem esta excelente oportunidade, revelada que está a capacidade de composição e trabalho em estúdio, para conhecer uma das boas bandas thrash metal nacionais (se não, a melhor) adquirindo «Thrash Killing Machine» a um preço bastante convidativo.

Etiquetas: ,

terça-feira, outubro 18, 2005 

Análise: Beyond Sensory Experience

Beyond Sensory Experience / Pursuit Of Pleasure [ 8.5 / 10 ]
CD Cold Meat Industry, 2005
Oriundos da Suécia, os Beyond Sensory Experience são um projecto no activo desde 2001, quando Drakhon (sobejamente conhecido por “trabalhar” nos quadrantes MZ.412, Nordvargr, Drakh e L/A/B) uniu forças com o cientista/artista K. Meizter. Mera coincidência ou não, o panorama revelou um percurso respeitável, a exemplo do que foi feito em «Tortuna», «Urmula» e «Ratan» (lançados pela editora italiana Old Europa Café). Tendo-se tornado numa das novas apostas da Cold Meat Industry nos últimos tempos, os suecos conseguem com este novo registo, readaptar-se e gerar um disco que lhes pode valer outro protagonismo, aprofundando o conceito envolvente explorado na trilogia já referida. E bons motivos para o alcançarem, não lhes faltam. Ao optarem por uma mistura de sons ambientais negros e assombrosos com ligeiras incursões pelo industrial, tiveram a “feliz” ideia de explorar um trabalho que possa conferir ao ouvinte penetrar numa viagem musical e científica, perfeitamente enigmática. Para tal, nada melhor que assentar e definir o conceito lírico em temáticas de teor sexual e comportamento humano, bastante sintomático de que estes senhores não deixam os créditos por mãos alheias. Ao contrário de outros casos, o pormenor mais agradável desta proposta vai para os ambientes escuros, soberbamente bem construídos (com certeza muito do agrado dos amantes de Raison d’Être ou de outros casos de dark ambient preponderante), um ponto fulcral para quem pretende posicionar-se neste quadrante. Mais uma vez (e outra coisa não seria de esperar) a Cold Meat Industry presenteia-nos com mais uma edição a não perder de vista.

quinta-feira, outubro 13, 2005 

Em Análise: Novembers Doom

Novembers Doom / The Pale Haunt Departure [ 9 / 10 ]
CD The End Records, 2005
Novo trabalho para os Novembers Doom. A par da postura habitual da banda norte-americana esta novidade assemelha-se ao dark/death/doom metal, desde temas pesados e efusivos aos mais nostálgicos e etéreos. Contando com excelentes instrumentalistas - Lawrence Roberts e Vito Marchese (guitarras), Mike E. LeGros (baixo) e Joe Nunez (bateria) - o vocalista Paul Kuhr é actualmente o único membro que resta após inúmeras e difíceis mudanças de formação ao longo dos anos. À medida que os temas vão rolando, vai ficando a sensação de que a voz de Paul Kuhr aparece em «The Pale Haunt Departure» bem mais diversificada, mais emotiva e melódica. Isto, apesar do registo gutural (agora mais próximo do de Mikael Akerfeldt/Dan Swanö) continuar presente, juntamente, com vocais limpos que surgem agora com mais frequência do que em qualquer outro disco anterior. De facto, não é somente a voz que nos pode fazer lembrar Opeth/Edge Of Sanity. O estilo musical aqui presente tem actualmente algumas similaridades com as últimas tendências das duas bandas referidas mas é fácil denotar que isso soa despropositado, ilibando a banda de Chicago de qualquer possibilidade de acusação plagiadora (se é que era preciso provar alguma coisa). O disco apresenta oito faixas das quais merecem especial destaque “Swallowed By The Moon”, “Autumn Reflection”, “Through A Child’s Eyes” e “Collapse Of The Fallen Throe”, todas elas com bastante musicalidade e sentido de harmonia a levar em consideração. Desde já garanto-vos que «The Pale Haunt Departure» possui um excelente som. A mistura de Dan Swanö (com participação num solo de guitarra em “Dark World Burden” por entre vocalizações diversas ao longo do disco) e a masterização de James Murphy (Testament, Obituary, Disincarnate, Cancer) alcança o nível mais intenso de emotividade para uma banda deste calibre. Assim, como resultado final, «The Pale Haunt Departure» é o expoente máximo a rever na discografia (ao lado de «The Knowing» e «To Welcome The Fade») devido à sua amplitude criativa em alta, sinónimo de algumas das composições mais interessantes do quinteto até ao momento. Oito estímulos puramente sombrios, um álbum fortemente aconselhado a quem aprecie momentos carregados de atmosferas progressivas e melancólicas.

Etiquetas: ,

quarta-feira, outubro 12, 2005 

Em Análise: Cephalic Carnage

Cephalic Carnage / Anomalies [ 8.5 / 10 ]
CD Relapse Records, 2005
Atendendo ao que os Cephalic Carnage têm elaborado ao longo da sua carreira, cada novo lançamento no seu horizonte é uma ânsia enorme para os seguidores do grindcore mais recente e de contornos pouco comuns. Para tal convirá lembrar os conceitos de «Conforming To Abnormality» (1996), «Exploiting Dysfunction» (1998) e «Lucid Interval» (2002) para recuperarmos a esquizofrenia (saudável) que sempre caracterizou (e caracteriza) o som dos Cephalic Carnage. A criação musical desses três trabalhos foi desde sempre marcada pela originalidade e não parece que «Anomalies» fuja a essa regra, apesar de alguma margem de progressão relativamente ao que havia ficado nos discos anteriores. Uma coisa é certa, ao começarmos a escutar este novo disco, a banda possui agora menos passagens “jazzisticas” - uma das suas marcas mais relevantes - preferindo movimentar-se mais nos trilhos stoner rock como reflecte “Piecemaker”, “Sleeprace” e “Ontogony Of Behavior”, a titulo de exemplo. O tecnicismo do quinteto do Colorado - constituído por Lenzig Leal (vocais), Zac Joe (guitarras), Steve Goldberg (guitarras), John Merryman (bateria) e Jawsh Mullen (baixo) - continua arrojado e sem ponta por onde se possa criticar. Isto já para não falar nas dificuldades inertes para restringir o seu estilo musical em «Anomalies», onde nos levam a paragens tão diversas como jazz, stoner rock ou mesmo doom metal, não se restringindo ao death metal/grindcore utilizado por grande parte da concorrência. Para além desses contornos pouco usuais, o facto é que este disco inclui brutalidade e velocidade suficiente para deixar os apreciadores do género mais extremo plenamente satisfeitos e consegue ser abrangente ao ponto de não se tornar maçador. As muitas mudanças de ritmo, o crossover competente e a (potente) produção de Dave Otero são uma mais valia para encarnar esse atestado.

Etiquetas: ,

sábado, outubro 01, 2005 

Agenda: 15.10.2005

Local: Convento Corpus Christi, Gaia
Hora: 21:30h
RESERVAS NOS SEGUINTES LOCAIS OU ATRAVÉS DOS SEGUINTES CONTACTOS:
Piranha
Oblivion Goth Store
Luís Sousa - 965869078
Filipe Santos - 938211520
Miguel Miranda - 919597449
E-mail: autumnsolistice@clix.pt

Web site: www.solnegro.web.pt