Image Hosted by ImageShack.us

« Home | Memorandum: Vader (04.09.2006) » | Memorandum: Communic (19.05.2006) » | Notice: Grave » | Notice: Sigh » | Memorandum: Madder Mortem (24.04.2006) » | Feedback: SpiRitual » | Memorandum: Enslaved (08.05.2006) » | Notice: The Eternal banda suporte de Opeth » | Memorandum: Rage (24.03.2006) » | Memorandum: 08.04.2006 » 

sábado, abril 08, 2006 

Entrevista com Jesse Haff (Daylight Dies)

Quando o seu primeiro álbum «No Reply» foi editado em 2002, os Daylight Dies foram rapidamente rotulados como meros seguidores da sonoridade criada pelos Katatonia em «Brave Murder Day». Passados todos estes anos de hiato, a banda norte-americana regressa com o seu trabalho mais recente – intitulado «Dismantling Devotion» – e mostra-nos o imenso engrandecimento a que se submeteu, de maneira a conseguir provar que tem mais que estofo para se afirmar no pelotão da frente do espectro. Num destes dias, o Condutor Radioactivo esteve à conversa com o baterista Jesse Haff para tentar compreender melhor a banda norte-americana, entre outras coisas o porquê da ausência prolongada a que nos propuseram, os momentos conturbados que viveram e saber algo sobre os novos elementos.
Condutor Radioactivo – Primeiro que tudo, tenho de agradecer-te pelo facto de estares predisposto a esta entrevista. Claro, como é óbvio, parabéns pelo vosso segundo álbum, é realmente espantoso e magnífico!

Jesse Haff – Fico muito contente em saber que gostaste/apreciaste o nosso álbum! Colocámos a nossa alma e coração nele, por isso, é extremamente gratificante ouvir dizer que outros o sentem e vêm como um álbum importante...

Para começar, para aqueles que não vos conhecem, podes falar-nos/contar-nos um pouco da história dos Daylight Dies?

Basicamente eu e o Barre Gambling (guitarrista) começámos a tocar juntos, aproximadamente, aos 15 anos. Em 1996, formamos os Daylight Dies mas estivemos inactivos até meados de 1999/2000, pelo facto de vivermos em lados opostos do mesmo estado. No início de 2000, gravamos uma demo-tape, à qual intitulamos «Idle», lançada pela Tribunal Records e após esse lançamento começamos a ter um nome mais sonante que nos proporcionou a oportunidade de assinarmos pela Relapse Records. Foram eles que lançaram o nosso álbum de estreia, intitulado «No Reply». Através desse álbum tivemos a oportunidade de percorrer a Europa, em tournée com os Katatonia e pelos Estados Unidos e Canadá com os Lacuna Coil. Depois dessa tournée o nosso vocalista anterior deixou-nos, por isso levamos o nosso tempo para encontrar o substituto perfeito. Entretanto, também decidimos integrar o Charlie Shackelford como segundo guitarrista e após alguns momentos menos bons, mudámos da Relapse para a Candlelight que acabou de lançar o nosso segundo álbum «Dismantling Devotion». É, sem sombra de dúvidas, até à data, o álbum mais maduro e negro que já compusemos.

«Dismantling Devotion» será lançado no mês de Março (2006), quatro anos após o vosso anterior trabalho de estúdio, «No Reply». Como é que se sentem agora, após a espera ter finalmente terminado?

«No Reply» foi lançado nos finais de Outubro de 2002, por isso foi pouco menos do que um período de quatro anos. Apesar disso, reconheço que foi bastante tempo. A decisão de esperar tanto tempo não foi culpa nossa – como disse há pouco, muitas coisas inesperadas aconteceram (a saída do vocalista, assuntos relacionados com as editoras...). Tudo isto causou a nossa demora mas estamos extremamente contentes que o novo álbum esteja finalmente disponível no mercado.

Tenho de confessar que esperava um novo trabalho vosso mais cedo... Podes dizer-nos o porquê de ter demorado tanto tempo para lançá-lo? O que aconteceu dentro da banda durante esse período? Tiveram todo esse tempo a preparar o novo trabalho?

Não, definitivamente não gastamos todo esse tempo a preparar/escrever o novo trabalho. Grande parte do tempo foi dispendido à procura de um novo e perfeito vocalista – que encontramos em Nathan Ellis – e após isso, mais tempo foi perdido a tratar de assuntos relacionados com as editoras. Depois das nossas tournées pela Europa, Estados Unidos e Canadá, construímos/alcançámos um novo estatuto. Quando o nosso primeiro vocalista saiu, tivemos de parar os concertos, apesar de continuarmos a ter ofertas para outras tournées importantes e de alto gabarito. Isto como é óbvio fez a Relapse Records ficar descontente. Por isso, decidimos encontrar um novo vocalista e começar quanto antes a escrever o novo longa-duração. Cerca de um ano depois, começamos à procura de novos fundos/patrocínios para a gravação do novo álbum. A Relapse começou a desinteressar-se aos poucos – eles tinham outras bandas a darem-se extremamente bem (como foi o caso dos Mastodon) e deixamos de ser uma prioridade, eles estavam focados naqueles que estavam a dar-lhes mais lucro. Os nossos pedidos à editora começaram a ser deixados para trás e ficaram cada vez mais atrasados... Falamos entre nós e concordámos mutuamente que seria melhor seguirmos em frente. Obviamente que passar por este tipo de situações leva o seu tempo... ficamos descontentes por termos gasto tanto tempo das nossas vidas ficando estáticos mas no final «Dismantling Devotion» é, provavelmente, um álbum mais bem conseguido graças a todas estas contrariedades.
Podes dizer-nos o porquê do título «Dismantling Devotion»?

Basicamente, segue o tema da desagregação das relações humanas, tanto as pessoais/íntimas como as outras. Observando de perto, todos nós fizemos com que outros se separassem. É um processo penoso pelo qual toda a gente já passou. As letras para todos os temas lidam com diferentes elementos relacionados com o tema central. Não foi necessariamente planeado, tudo aconteceu naturalmente.

Com a gravação de «Dismantling Devotion» introduziram novidades na vossa formação. Onde é que encontraram os novos elementos?

O novo vocalista – Nathan Ellis – é nosso amigo há já alguns anos. Conhecemo-lo, pelo menos, desde 1999. Sabíamos que ele era um grande vocalista e se o conseguíssemos convencer a juntar-se à banda, seria o elo perfeito. Felizmente, ele concordou. Relativamente ao outro elemento e como já havia dito, Charley Shackelford é o nosso novo guitarrista. Ele já havia tocado connosco como músico de sessão há pelo menos um ano e, como durante esse período fez um excelente trabalho, perguntamos-lhe se queria ingressar na banda.

Todos os elementos da banda contribuíram, de algum modo, na composição dos temas ou essa tarefa tocou apenas a um ou dois membros da banda?

O Barre encarrega-se das guitarras e eu próprio também compus algumas partes deste álbum, incluindo a escolha da maioria dos títulos das músicas. O Barre, o Egan (O´Rourke, baixista) e eu procedemos aos arranjos das músicas, todos em conjunto. O Nathan escreve as suas próprias letras, eu escrevo e modifico todos os ritmos e o Egan compõe todas as linhas de baixo. Por isso, em suma, sou eu e o Barre, mas os outros têm sempre liberdade para apresentarem as suas ideias.

Na vossa música, existem certas similitudes com os Katatonia especialmente vindas de «Brave Murder Day» e «Sounds Of Decay». Como é que reages a estas semelhanças? Podemos dizer que a banda sueca é uma influência musical para vocês?

Se estás à procura de influências, em qualquer música, elas não são difíceis de encontrar. Por exemplo, podes perfeitamente ouvir Anathema, Paradise Lost, Sentenced, Death e até (os primórdios dos) Metallica nos nossos temas, bem como os Katatonia. Todas estas bandas são certamente influências. O Barre e eu estamos dentro de toda a vaga de metal oriunda da Escandinávia, desde o início dos anos 90. Não é nada de novo para nós e é claro que esse tipo de influências vai resultar na maneira como tu acabas por escrever música para ti próprio. Também posso acrescentar que temos imensas influências fora do metal, assim como os The Cure, Fields Of The Nephilim, Sigur Rós e por aí.

Pensas que desta vez irá haver novamente uma possibilidade concreta de tocarem novamente com os Katatonia, visto que ambos vão lançar novos trabalhos praticamente ao mesmo tempo? Tenho de admitir que seria muito agradável vê-los juntos aqui em Portugal.

Eles são meus amigos, por isso eu adoraria – mas tenho quase a certeza que não vai acontecer. É extremamente dispendioso chegar à Europa. Enquanto queremos desesperadamente uma tournée europeia, esta vai depender muito das possibilidades económicas face ao risco inerente.

Falando na banda sueca... Encontrei um comentário curioso do Anders Nyström (um dos guitarristas de Katatonia) relativamente ao vosso último trabalho, onde dizia o seguinte: "Espero que outros sejam capazes de partilhar a experiência, não conseguir ter palavras para exprimir o que se sente ao ouvir este álbum. Se «Dismantling Devotion» tivesse sido lançado em 2005, teria sido a minha escolha para álbum do ano". Podes dizer-nos a tua opinião acerca deste comentário? Acredito que vindo de quem vem, seja considerado por ti como um enorme elogio.

Absolutamente. E porque conheço o Anders há bastante tempo, sei que ele era incapaz de brincar com coisas deste tipo. Se ele sentisse que alguma coisa não estava bem, não hesitaria e dir-me-ia. Por isso, digo que essas palavras vindas dele são muito lisonjeadoras.

Conseguem imaginar-se, no futuro, a tocar algo um pouco diferente do tipo de som que praticam no presente/nos dias de hoje?

Nós nunca impomos limites naquilo que vamos experimentar mas, sinceramente, não prevejo qualquer mudança radical no nosso estilo musical. Nós seremos sempre progressivos, como é óbvio e visível desde a demo EP até a este último «Dismantling Devotion». Não vamos anunciar propositadamente que vamos mudar de estilo como algumas bandas fazem.

Queria antes de concluir, que dissesses quais foram os melhores discos de 2005 que tiveste oportunidade de ouvir até ao momento.


Eu adorei o novo de Opeth, Depeche Mode, Dredg, Fields Of The Nephilim e gostei também do novo de Nevermore, mesmo não sendo um fã dos vocais do Warrel Dane...

Obrigado pelo teu tempo e paciência e desejo-vos boa sorte para o futuro. Mais alguma coisa que gostasses de dizer aqueles que visitam o nosso espaço regularmente?

Obrigado pela entrevista. Todos aqueles dentro da música melódica e obscura deviam, definitivamente, dar uma oportunidade ao nosso álbum e ouvi-lo. Se gostarem (do que ouviram) podem dar uma olhadela e encomendar o álbum em www.daylightdies.com, o nosso site oficial. Obrigado Frederico pela tua disponibilidade. Cumprimentos a todos os nossos amigos em Portugal!

Entrevista: Frederico Eduardo
Tradução
: Cláudia Batalha e Frederico Eduardo

Site oficial em www.daylightdies.com

Ótimo blog!!!! Cheio de Informação, e muito bem constituido.

Visitarei sempre ;*

Bandas que não lembram a ninguém..Têem é de ter um ar melancólico, vestirem-se de preto e ar de maus..O costume..

Mais uma banda da cave, que raramente vê a luz do dia e pensa que isso deve merecer um álbum..Ar de mau, vestidos de preto..Assim vai a mesquinhez e a arrogância..

Oh "anonymous" andas a repetir-te um bocadinho, mas só um bocadinho.
Cheira-me que os dois posts pertencem, exactamente, à mesma pessoa, já que: "vira o disco e toca o mesmo".
Conheces por ventura o som da banda?
Para se criticar, seja a critica positiva ou negativa, tem de se conhecer.
E...não deves ter lido a entrevista (DEFINITIVAMENTE!!)

Enviar um comentário