Análise: Lilitu
Já no terceiro longa-duração, esta banda americana oriunda de Atlanta, Geórgia, oferece uma mistura de black/death metal melódico e atmosférico. O death metal sueco acaba por ser a referência mais notória, principalmente quando a banda emana melodias da reputação semelhantes às que a cidade de Gotemburgo ganhou ao longo dos anos devido a In Flames e Dark Tranquillity. Esta tendência mais melodiosa, a que não será imune a influência dos guitarristas Jason Piona e Derek Bonner (também ele com a responsabilidade de vocalista utilizando duas tonalidades) é sem margem de dúvidas uma mais-valia de «The Delores Lesion». Se isto é verdade, também podemos afirmar que, o que mais se realça no disco reside no toque pessoal que os músicos oferecem à influência escandinava, evitando deste modo que a audição se torne maçuda e com uma sensação de déjà vu capaz de demover o ouvinte mais exigente. No role dos convidados o protagonismo recai sobre Rich “The Duke” Ward (Stuck Mojo), o grande responsável pela sonoridade que se conseguiu em «The Delores Lesion». A sua participação não coube somente nesse espaço, cabendo ainda ao músico norte-americano a responsabilidade de um solo de guitarra no tema “Follow Through”. A este cenário musical acrescenta-se a concepção gráfica (ilustração e design) por parte de Travis Smith (que continua a fazer jus ao estatuto) e ainda a produção a cargo de Jason Piona que contou com a colaboração da restante banda. Em suma, passado uma década de carreira, registe-se que apesar da banda de Atlanta não estar no patamar que se exigia, apresenta alguma solidez com uma proporção de indubitável qualidade. É verdade que se reconhece algum valor mas mantém-se a expectativa para que o próximo disco ”fermente” algo mais contagiante.