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domingo, dezembro 02, 2007 

Em Análise: Oblique Rain

Oblique Rain / Isohyet
CD Edição de Autor, 2007

Formados no início de 2004, esta banda natural da cidade do Porto pautou-se por um silêncio algo invulgar para um início de carreira, embora possa admitir que essa política, por vezes, resulte na colheita de óptimos resultados. «Isohyet» é o ponto de partida no campo discográfico e apesar desse facto, o seu conteúdo tem provocado um certo falatório, que como veremos já de seguida, a sua menção como referência digna de registo é mais do que legitima. Diga-se, em abono da verdade, que os Oblique Rain revelam uma apreciável maturidade para tão curta duração, algo que já há umas semanas a esta parte tive a felicidade de conferir nas faixas disponibilizadas no MySpace oficial. O disco contém sete temas que se inserem perfeitamente no campo do metal progressivo, com referências fortemente assentes em Opeth, Katatonia e Porcupine Tree, sendo que a banda reconhece igualmente influências de Devin Townsend, Pink Floyd e Amorphis, a título de exemplo. Quanto às composições propriamente ditas, os primeiros instantes de «Isohyet» são sintomáticos do equilíbrio perfeito entre peso e melodia que a banda estabelece durante todo o longa-duração, com o trabalho das guitarras a atingirem um estatuto irrepreensível nesse particular. Os vocais estão em bom plano e são quase sempre portadores de um tom límpido muito agradável e emotivo, surgindo esporadicamente um registo mais gutural, que, a meu ver, podia ser, perfeitamente, um pouco mais explorado. Na produção reside outro dos principais trunfos de «Isohyet», através do cunho pessoal de Daniel Cardoso (Head Control System, ex-Sirius). O músico foi também responsável pela mistura do disco e assumiu igualmente a tarefa de gravação da bateria em estúdio, actuando naturalmente com a qualidade que lhe é reconhecida. Feitas as contas, com um disco desta natureza, e com intervenientes a este nível, é inteiramente legitimo que os Oblique Rain reclamem para si as atenções da imprensa e do grande público, no que concerne ao estatuto de disco do ano a nível nacional. A esse nível, quer dentro do metal progressivo, quer no metal em geral, se não for o melhor, será com certeza um dos mais importantes discos de 2007.

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