Paulo Santos (Division House)
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Etiquetas: Feedback, Kill The Thrill
Consumado que está o capítulo «Gothic Electronic Anthems» eis o segundo resultado na carreira dos Gothminister, desta vez decifrado sob o nome «Empire Of Dark Salvation». Encabeçados pelo vocalista (fundador e principal compositor) Bjorn Alexander Brem, os Gothminister desde cedo socorreram-se numa fusão de ritmos electrónicos combinados com as tradições gothic rock/metal industrial. Surpreendentemente, o grupo não se ficou por esses limites e tem vindo a incluir componentes sinfónicos e épicos, para além de um visual um tanto nada invulgar, influenciado pela cultura samurai/japonesa. Uma das conclusões a que cheguei ao relacionar o primeiro disco com este novo trabalho é que se torna notório que os noruegueses decidiram regressar com pretensões maiores. É fácil perceber que reformularam detalhes e delinearam uma direcção mais interessante, para quem aprecie sonoridades mais pesadas, obviamente. Optando por riffs de guitarra com maior presença, no entanto, sem grandes divagações, a sonoridade praticada pelo colectivo ganhou novas aptidões que encaixam perfeitamente nas referências Rammstein, The Kovenant e Marilyn Manson. Das doze passagens incluídas, os temas “Dark Salvation”, “Monsters”, ”Forgotten”, “Leviathan” e “Happiness In Darkness” são que introduzem um equilíbrio maior, tal como, despertam aspectos que torna fácil recordar um disco relativamente recente: «Synthetic Generation» dos suecos Deathstars. Comparações à parte, este novo cartão de visita com a co-mistura de Stefan Glaumann (Rammstein, Clawfinger, Paradise Lost, Within Temptation), revela capacidades para agradar a quem gosta do estilo e, por certo, terá feito as delícias dos que se tenham apresentado para presenciar “a nova vaga do gótico do segundo milénio” em conjunto com os Lacrimosa no 14 de Junho último, em Gaia.
Symphorce / Godspeed / CD Metal Blade, 2005
01. Everlasting Life 02. Nowhere 03. The Mirrored Room 04. Black Water
05. Haunting 06. Your Cold Embrace 07. Wounds Will Last Within
08. Crawling Walls For You 09. Without A Trace 10. No Shelter
Etiquetas: Feedback, Frantic Bleep
Etiquetas: Feedback, Green Carnation
Os Peccatum - Ihsahn (ex-Emperor) e Ihriel (Star Of Ash) - foram uma das surpresas do ano transacto aquando da edição de «Lost In Reverie», pela editora Mnemosyne Productions, propriedade do casal. «The Moribund People», o segundo EP da carreira dos noruegueses, dificilmente terá a exposição desse último trabalho. Não por falta de inspiração, diga-se, mas porque estamos perante um lançamento de transição entre «Lost In Reverie» e o próximo longa duração, certamente, com o intuito de manter o foco na banda. Neste disco, a sensibilidade avantgarde do duo norueguês, resume-se a dois temas originais e a uma cover dos suecos Bathory. A faixa “The Moribund People” é a primeira a abrir as hostilidades e um dos aspectos que ressalta particularmente, é o encaixe perfeito das vozes de Ihsahn e Ihriel, quase sempre envoltos em dramáticos arranjos de teclas. “A Penny’s Worth Of Heart” é o tema que se segue. Mais ambiental e obscuro, com um certo ambiente trip-hop à mistura, “pinta” um quadro mais perturbante e menos directo. Obviamente, não tem o mesmo impacto imediato de “The Moribund People” mas mesmo assim não deixa de ser um registo agradável. Noutro plano, “For All Those Who Died”, um original do clássico «Blood Fire Death», pode ser visto como tributo a Quorthon, devido ao seu recente falecimento. Previsível, ou não, a interpretação dos Peccatum propõe uma versão diferente logo no início, com a voz de Ihriel aliada ao piano, em contraste com a segunda metade mais próxima do black “thrash” metal da versão original, à responsabilidade de Ihsahn. Terminado o desfile das três faixas, em pouco mais de quinze minutos, destaque ainda para a inclusão da faixa multimédia de “The Moribund People”. Decididamente, Ihsahn, não pretende viver das glórias do passado. Se dúvidas houvessem, todo o percurso dos Peccatum diria o contrário.